Cineasta Dea Ferraz inaugura a videoinstalação 'Atlas Tentacular' no Recife

Revista TAG
há 4 horas
2 min de leitura

Será a primeira videoinstalação da artista, que traz provocações sobre corpo, arte e transformação

*A videoinstalação Atlas Tentacular, projeto da pesquisadora Dea Ferraz. Foto: Divulgação*

Após passar com a turnê itinerante divulgando o livro 'Agora', a pesquisadora Dea Ferraz se prepara para inaugurar a sua primeira videoinstalação no Recife. A 'Atlas Tentacular' ficará em exibição no Museu Murillo La Greca e vai circular no interior de Pernambuco, em Garanhuns e Caruaru.

Coma a presença de Dea para conversar sobre o projeto, a inauguração no Museu vai acontecer nesta quarta-feira (20), a partir das 19h, e seguirá até a sábado (23). A entrada é gratuita.

A Atlas Tentacular reúne cinco artistas de performance e dança em paisagens diferentes dentro de uma instalação multi-telas, imersiva e poéticas. São eles: Inaê Silva, Rafael FX, Henrique Braz, Liana Gesteira e Gabi Beneditta. Juntos, eles fabulam "corpos tentaculares" compondo a imagem e som, na busca por construir um sensorial, narrativas utópicas e poéticas de corpos.

"Que possibilidades a relação entre corpo e arte pode ter de transformar nossa existência? Quais narrativas e paisagens um corpo pode abrigar em si? E como as conexões entre esses corpos podem reverberar no mundo?", essas são algumas das provocações trazidas pela artista para a videoinstalação.

*A pesquisadora e cineasta Dea Ferraz. Foto: Divulgação*

“O Atlas é como uma imensa teia em que cada pessoa que o atravessa junta-se a ele em sua criação. Desde as performers que mergulharam em seus corpos para encontrar seus seres tentaculares, ao espectador que se abre ao encontro, tudo é somado ao desejo de sonhar outras vidas e outros mundos. No Atlas, o sonho e a utopia são caminhos para imaginarmos outras possibilidades de habitar esse planeta. É a mutação como possibilidade de futuro e vida. Uma provocação para sonhar novas narrativas e histórias de um tempo devastado”, diz Dea.

A obra é pautada por conceitos e pensamentos de alguns estudiosos, como a escritora afro-americana Octavia Butler, o artista Jota Mombaça e a filósofa Donna Haraway. O processo de imersão criativa contou com as provocações textuais de Natália Borges Polesso, vencedora do Prêmio Jabuti, e de Silvia Góes na parte das provocações corporais dos artistas.

O projeto conta com produção de Pollyanna Melo e Eva Jofilsan, incentivado pelo SIC – Sistema de Incentivo à Cultura/ Fundação de Cultura da Cidade do Recife/Prefeitura da Cidade do Recife e pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco, por meio do Funcultura.