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'Uma Sexta-Feira Mais Louca Ainda' repete fórmula e acerta com sequência divertida

  • Foto do escritor: Rayane Domingos
    Rayane Domingos
  • há 6 minutos
  • 4 min de leitura

Estrelado por Lindsay Lohan e Jamie Lee Curtis, o longa finalmente irá estrear no dia 07 de agosto nos cinemas brasileiros


Lindsay Lohan e Jamie Lee Curtis em cena icônica de 'Uma Sexta-Feira Mais Louca Ainda'. Foto: Divulgação
Lindsay Lohan e Jamie Lee Curtis em cena icônica de 'Uma Sexta-Feira Mais Louca Ainda'. Foto: Divulgação

O anúncio de que um filme clássico vai ganhar uma sequência causa um pouco de pavor na bolha cinéfila, apesar da aceitabilidade dos fãs. E esse sentimento é até compreensível, visto que reunir o elenco para gravar uma "parte 2" de um longa já consagrado é um roteiro perfeito para beirar ao fracasso. Explico isso para dizer que apesar das desconfianças, Uma Sexta-Feira Mais Louca Ainda não segue esse fluxo habitual e acerta por ser muito divertido ao mesmo tempo que faz o básico, sem inventar demais na história.


Com direção de Nisha Ganatra, o longa tem roteiro de Jordan Weiss, baseado no romance de Mary Rodgers. No elenco Lindsay Lohan, Jamie Lee Curtis, Mark Hamonm Chad Michael Murray e Ryan Malgarini reprisam os seus respectivos papéis e com adição de Julia Butters, Sophia Hammons e Manny Jacinto.


Anos depois dos últimos acontecimentos de Sexta-Feira Muito Louca, Anna se tornou uma produtora musical e decidiu ser mãe solo de Harper, enquanto Tess é uma psicóloga de sucesso e se prepara para lançar um livro. Quando ela decide dar uma nova chance ao amor, e se apaixona por Eric, a vida das famílias muda quando as filhas do casal, que se odeiam, precisam conviver. É neste momento que Anna e Tess entendem que o raio pode cair duas vezes no mesmo lugar.


O básico realmente funciona


Lindsay Lohan e Jamie Lee Curtis em cena de 'Uma Sexta-Feira Mais Louca Ainda'. Foto: Divulgação
Lindsay Lohan e Jamie Lee Curtis em cena de 'Uma Sexta-Feira Mais Louca Ainda'. Foto: Divulgação

Talvez um dos grandes dilemas de produzir uma sequência é conseguir se encaixar na linha tênue entre o extremo e o mínimo. Há quem queira reinventar a roda ao contar uma nova história, tentando trazer uma grande surpresa, ou os que optam por requentar o enredo do primeiro e continuar no "mais do mesmo". Baseado nisso, acredito que um dos grandes acertos do filme é ficar exatamente nesse meio, nem ser demais nem de menos.


A sequência não tenta inventar algo mirabolante e diferente. O grande objetivo é introduzir um novo enredo, da rivalidade entre as adolescentes, ao mesmo tempo que dá continuidade a relação de Anna e Tess. Apesar das muitas histórias apresentadas, o filme não deixa os pratinhos caírem e consegue explorar bem dando a atenção a cada personagem e seus problemas.


E é bom ver que apesar da primeira "lapada" da vida, no caso o ensinamento com a troca de corpos, ainda há rusgas entre as duas porque isso é inevitável. Tess se tornou uma mãe ainda mais controladora e um avó bem liberal. Já Anna tenta ser paciente e resolutiva com uma filha rebelde ao mesmo tempo que lida com a mãe, que ainda quer manter a rédea curta, e ultrapassa alguns limites, principalmente no quesito educação de Harper.


A velocidade e cadência do filme é outro bom ponto, já que não há uma grande repetição das mesmas cenas ou coisas parecidas. Foi um grande acerto resumir a história de Anna e Eric na primeira parte e logo pular para o que realmente interessa: as novas histórias que serão contadas, com foco em Harper e Lily. Com personalidades completamente diferentes, as quase irmãs se odeiam e vão precisar enfrentar suas diferenças para conviverem em harmonia. 


O tom ainda se mantém


Sophia Hammons, Jamie Lee Curtis, Lindsay Lohan e Julia Butters em 'Uma Sexta-Feira Mais Louca Ainda'. Foto: Divulgação
Sophia Hammons, Jamie Lee Curtis, Lindsay Lohan e Julia Butters em 'Uma Sexta-Feira Mais Louca Ainda'. Foto: Divulgação

Ter novamente parte do elenco original reunido para sequência é realmente um deleite. A sintonia de Lindsay e Jamie Lee ainda continua a mesma coisa e, de fato, elas realmente nasceram para viver mãe e filha. As duas brilham o tempo inteiro, e por mais que outras histórias estivessem sendo contadas, elas voltavam os holofotes para essa relação ainda complexa.


Elas foram uma grande referência de mãe e filha nos anos 2000 e esse espírito ainda se mantém presente, mas agora de uma forma diferente. No fundo, a grande lição continua sendo o "calçar o sapato do outro", tema bem batido, mas ainda esquecido pela maioria das pessoas. Exercer a empatia quando o momento se mostra extremo é um desafio que novamente é colocado no filme, mas com uma nova roupagem.


Gosto muito como o roteiro conseguiu se alinhar com a linguagem da geração atual, e isso inclui referências de cultura pop e as boas piadas, e tudo isso sem parecer aquele tio mais velho que quer se enturmar com a garotada. Não se assuste se as pessoas gargalharem ao redor é porque realmente o time do elenco, sobretudo das atrizes principais, é ótimo e muito bem explorado. 


Fora isso, a trilha sonora super cool casa muito com todo o resto, e isso inclui maquiagem e figurino que foram bem pensados para realmente fisgar a Gen Z, que com certeza sairá das salas do cinema com muita referência para explorar.


Apesar de repetir uma fórmula bem conhecida dos fãs, Uma Sexta-Feira Mais Louca Ainda acerta exatamente por respeitar o original e trazer a novidade, na medida certa, para a sequência. Com um bom texto e ótimas atuações, o filme é leve e consegue divertir e conscientizar de forma rápida e fácil. Principalmente para quem sofre de mommy issues.


Veredito: 3,5/5

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